Estas poesias que seguem logo abaixo foram escritas durante a minha adolescência e aos 14 anos de idade. O eu-lírico presente nas mesmas revela um pouco da problemática do amor e da paixão na vida do adolescente. Seus medos, sua insegurança e um leve pessimismo. Espero que gostem...
Tentativas
Tento sentir
Procuro existir
Mas sou ave sem voz
Pensamento atroz
Tento amar
Procuro chorar
Mas sou objeto sem canto
Magia sem encanto
Tento sonhar...
Procuro imaginar
Mas sou uma infeliz
Fui o que não quis
E serei o que não sou.
Canção do vento
O vento veio do nada
Veio vagando pela madrugada
Subiu com verocidade
E junto á chuva
Formou a tempestade
Depois desceu devagarinho
Levando folhas secas pelo caminho
Secou as roupas do varal
Derrubou as frutas do quintal
O vento não veio sozinho
Fez companhia a inspiração
Invadiu almas apaixonadas
E foi virando canção.
Não ser correspondido
Amar e não ser correspondio
É ter sofrido mil vezes mais que vivido
É ter chorado mais que se tem amado
É esquecer o futuro e abraçar o passado.
Amar e não ser correspondido
É lembrar o que foi esquecido
É buscar o que não foi perdido
É querer dar vida ao que foi ressurgido.
Amar e não ser correspondido
É como dar a mão áquele que o derrubou
É como esperar água da fonte que já secou.
É ter um céu sem estrelas
É ter um mundo sem ar
É mentir que é feliz
É viver a sofrer e amar.
Tudo o que sou
Sou em mim
O reflexo do amanhecer
O crepúsculo a nascer
O botão em flor.
Sou em mim
Uma alma sem vida
Uma criança perdida
De dor adormecida
Sou em mim
O início de um fim
O término de um começo.
Sou em mim
Tudo o que sonhei
Tudo o que sofri
Tudo...
Tudo o que eu já esqueci...
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